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Domingo é “o dia do Senhor”

No século I o Cristianismo era uma seita judaica. Guardava o sábado e não o domingo. Por quê? 1. O Cristianismo nunca foi uma seita judaica, Jesus veio para instaurar o Reino de Deus e cumprir as promessas feitas a Israel; disse: “Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo.

Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1, 15). Mais: quando João Batista mandou perguntar a Jesus se Ele era o Aguardado, Jesus respondeu que Ele realizava os prodígios atribuídos ao Messias no Antigo Testamento: cf. Mt 11, 2-6. O Cristianismo é a consumação do Judaísmo ou é o verdadeiro Israel.

 Houve, sim, no século I alguns judeus convertidos ao Cristianismo que queriam impor a circuncisão e a Lei de Moisés aos pagãos convertidos ao Evangelho; por isto eram chamados “judaizantes”; agitaram as comunidades cristãs… São Paulo, porém, em sua atividade missionária, os combateu ardorosamente. Assim escrevia aos gálatas, que estavam prestes a se deixar enganar:

“Ó insensatos gálatas! Quem vos seduziu a vós, ante cujos olhos foi apresentado Jesus Cristo na Cruz?” (Gl 3, 1). Os judaizantes não prevaleceram; foram um episódio compreensível na história do Cristianismo nascente, pois para os judeus a Torá ou a Lei de Moisés era uma súmula de sabedoria.

2. Quanto à observância do sábado, ela perdurou até depois do século I em alguns ambientes mais caracterizados pela presença judaica. Todavia desde o tempo dos Apóstolos, o domingo foi sobreposto ao “primeiro dia” da semana; tenham-se em vista os seguintes textos:

1Cor 16, 6s: “Quanto à coleta em favor dos irmãos… em cada primeiro dia da semana, cada um de vós ponha à parte o que conseguiu economizar, sem aguardar minha chegada para recolher os donativos”.para_entender_e_celebrar_a_liturgia

At 20, 7: “No primeiro dia da semana estávamos reunidos para partir o pão…”

Ora, o primeiro dia da semana era o que se seguia ao sábado; então reuniam-se os cristãos para celebrar a Eucaristia, consagrando assim o dia do Senhor como nova celebração de Páscoa; visto que Jesus ressuscitou após o sábado ou no primeiro dia da semana judaica; tal dia já era chamado “dia do Senhor” no fim do século I, como atesta Ap 1,10:

“No dia do Senhor” (kyriake heme), expressão que em latim deu “dominica dies” e em português “dominga” ou “domingo”. O sábado representa o Antigo Testamento, ao passo que o domingo, dia da re-criação do homem pela ressurreição de Cristo, representa o Novo Testamento ou a nova e definitiva Aliança.

Dom Estêvão Bettencourt

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