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A vinda do Senhor
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A vinda do Senhor

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São João Bosco era italiano e viveu no século XIX. Ele tinha uma creche para crianças pobres. Numa tarde, os meninos estavam jogando bola e ele à beira do campo, assistindo. E o padre João resolveu fazer um teste com os garotos.

Chamou um, que passava perto dele, e perguntou: “Se você soubesse que daqui a meia hora você iria morrer, o que faria?”. O menino levou um susto, pensou e disse: “Eu ia para a capela rezar”. “Está bem, pode continuar jogando”, disse o padre.

Minutos depois, chamou outro e fez a mesma pergunta. Este também ficou confuso e disse: “Eu ia me confessar”.

Chamou um terceiro, que disse: “Eu ia pedir perdão à minha mãe”. Chamou um quarto garoto e lhe fez a mesma pergunta: “Se você soubesse que daqui a meia hora você iria morrer, o que faria?”. Este respondeu com naturalidade: “Eu continuaria jogando!”.

Esse último chamava-se Domingos Sávio. Ele morreu criança, foi canonizado e é o padroeiro dos coroinhas.

No tempo de Paulo, a pequena comunidade de Tessalônica passava por perseguição: “tantas tribulações” (1Ts 1,6). Uma vida ameaçada! Por isso, é muito compreensível que a comunidade esperasse ansiosamente pela vinda do Senhor, o dia da salvação. E alguns membros só rezavam e olhavam para o alto, inclusive até parando de trabalhar e de ajudar os outros. Qual era a orientação de Paulo e seus colaboradores para a comunidade?

  1. A vinda do Senhor
    Que o mesmo Deus da paz santifique vocês completamente. Que o espírito, a alma e o corpo de vocês se conservem íntegros e irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Quem chama vocês é fiel, e é ele quem agirá. Irmãos, rezem por nós. Saúdem todos os irmãos com o beijo santo. Peço-lhes encarecidamente que esta carta seja lida a todos os irmãos. Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com vocês (1Ts 5,23-28).

O termo “vinda”, ou “parúsia”, referente à chegada do Senhor, é usado quatro vezes na primeira carta aos Tessalonicenses (cf. 1Ts 2,19; 3,13; 4,15; 5,23). Esse é o principal ponto teológico tratado na carta. Quase toda a carta está orientada para a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo: “Pois quem é nossa esperança, nossa alegria, a coroa de glória, senão vocês diante de Jesus nosso Senhor no dia de sua vinda? Sim, são vocês a nossa glória e alegria” (1Ts 2,19); “E que ele fortaleça o coração de vocês numa santidade sem falhas diante de Deus, nosso Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos” (1Ts 3,13).

Na língua grega, o termo “parúsia”, de pareimi, possui diferentes sentidos: estar presente, estar aqui, apresentar-se, visitar ou chegar. É usado tanto para a manifestação ou a vinda da divindade na terra, em ocasião de cultos e festas, quanto para a chegada de um rei ou imperador, que é considerado a encarnação da divindade, como no caso de César Augusto, o filho de Deus. No mundo do império romano da época de Paulo, o termo “parúsia” aparece na terminologia da chegada ou visita de generais conquistadores, autoridades importantes, acima de tudo do imperador, às cidades submetidas ao seu império.
A chegada do imperador romano era uma ocasião muito especial para as cidades do império, tanto no tempo da guerra (advento ameaçador de julgamento) quanto no tempo de paz (fortalecimento da pax romana). Sua entrada triunfal na cidade era marcada por grande celebração popular, festividades aristocráticas e honras de sacrifícios e cultos divinos. A honra para o imperador, acompanhado de seu cortejo, manifestava-se sobretudo na saudação da autoridade e do povo nas portas abertas da cidade, como sinal de submissão. Certamente, esse evento de pompas solenes exigia tremenda preparação.

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