Outros assuntos

Diferença entre orar e rezar – as “vãs repetições”

Isso acontece porque muitos memorizam a Bíblia, mas poucos entendem o seu contexto e seus significados realmente profundos. Além disso, certas comunidades ditas “evangélicas” procuram valorizar sempre as diferenças, por menores que sejam, aumentando cada vez mais o fosso da separação entre cristãos.
Ainda pior, querelas fúteis como esta servem de pretexto para alimentar a confusão entre os que buscam o verdadeiro cristianismo. Acentuando as diferenças, seja no culto ou nas palavras, imediatamente se identificam como “crentes” ou “evangélicos” e se distanciam de católicos e ortodoxos.
É uma tática inteligentemente adotada para crescer e prosperar: levar os ingênuos a acreditarem que somente eles são os detentores da salvação e da Verdade divina: somente eles é que conheceriam os sentidos das palavras, quando a realidade é o exato oposto.

E além de tudo, sejamos francos: quantos falsos profetas, – que já conhecemos tão bem, – são verdadeiros mestres da oratória, gênios dos belos discursos? Dizem que “oram”, berram elaboradas palavras diante da assembleia deslumbrada, mas suas vidas estão repletas de podridão, luxúria, ostentação, idolatria ao dinheiro e às riquezas.

Já uma certa Madre Teresa de Calcutá era tímida no falar, assim como Irmã Dulce dos Pobres e Frei Damião, apenas para citar alguns exemplos bem conhecidos: todos estes diziam “rezar”, e suas vidas foram exemplos de caridade cristã. Quem se atreveria a dizer que essas pessoas não rezavam com o coração, com fé e grande amor a Deus?

Para finalizar, observemos o Salmo 135/6, que reproduzimos abaixo (fizemos questão de usar a tradução protestante de J. F. de Almeida):

“Louvai ao SENHOR, porque ele é bom;
Porque a sua benignidade dura para sempre.
Louvai ao Deus dos deuses;
Porque a sua benignidade dura para sempre.
Louvai ao Senhor dos senhores;
Porque a sua benignidade dura para sempre.
Aquele que só faz maravilhas;
porque a sua benignidade dura para sempre.
Aquele que por entendimento fez os céus;
Porque a sua benignidade dura para sempre.
Aquele que estendeu a terra sobre as águas;
Porque a sua benignidade dura para sempre.
Aquele que fez os grandes luminares;
Porque a sua benignidade dura para sempre…”

E assim prossegue a oração do salmista, até o final,repetindo sempre a mesma fórmula, de novo e de novo. Assim também é que cai por terra, definitivamente, o argumento de que os católicos usam de vãs repetições em suas orações, junto com a suposta importante diferença existente entre os termos “orar” e “rezar”.

Tanto “rezar” quanto “orar” englobam todos os gêneros de súplicas a Deus, desde aqueles de petição e agradecimento até as orações de louvor e glorificação ao Criador. Não se trata de nenhum segredo escondido: o leitor pode comprovar esta  simples realidade através de breve pesquisa. Tudo que precisamos fazer é deixar de dar ouvidos aqueles que se consideram donos da verdade, e buscar a Vontade de Deus com amor soberano, pureza de alma, fé desapegada e absoluta sinceridade.

Postagens relacionadas

Catequese no mundo atual: desafios e possibilidades II

Eraldo

Bíblia e catequese serão temáticas abordadas em evento que celebra os 40 anos do documento “CATEQUESE RENOVADA”

Eraldo

Assembleia avalia formação para catequistas

Eraldo

Deixe um comentário

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais

Politica de privacidade & Cookies
Verified by MonsterInsights