
A visita do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria, quando esta se encontrava em Nazaré, cidade da Galileia, marca o início de toda uma trajetória que cumpriria as profecias do Velho Testamento e daria ao mundo um novo caminho, trazendo à luz a Boa Nova. Ali nasceu também a oração que a partir daquele instante estaria para sempre na boca e no coração de todos os cristãos: a Ave Maria.
Maria era uma jovem simples, noiva de José, um carpinteiro descendente direto da linhagem da casa de Davi. A cerimônia do matrimônio, daquele tempo, entretanto, estabelecia que os noivos só tivessem o contato carnal da consumação depois de um ano das núpcias. Maria, portanto, era virgem.
Maria perturbou-se ao receber do anjo o aviso que fora escolhida para dar a luz ao Filho de Deus, a quem deveria dar o nome de Jesus, e que Ele era enviado para salvar a Humanidade e cujo Reino seria eterno. Sim, porque Deus, que na origem do mundo criou todas as coisas com sua Palavra, desta vez escolheu depender da palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Redentor da Humanidade.
Ela aceitou sua parte na missão que lhe fora solicitada, demonstrando toda confiança em Deus e em Seus desígnios, para o cumprimento dessa profecia e mostrou por que foi ela a escolhida para ser Instrumento Divino nos acontecimentos que iriam mudar o destino da Humanidade.
Ao perguntar como poderia ficar grávida, se não conhecia homem algum e recebeu de Gabriel a explicação de que seria fecundada pelo Espírito Santo, por graças do Criador, sua resposta foi tão simples como sua vida e sua fé: “Sou a serva do Senhor. Faça-se segundo a Sua vontade”.
Com esta resposta, pelo seu consentimento, Maria aceitou a dignidade e a honra da maternidade divina, mas, ao mesmo tempo, também os sofrimentos, os sacrifícios que a ela estavam ligados. Declarou-se pronta a cumprir a vontade de Deus em tudo como sua serva. Era como um voto de vítima e de abandono.
Esta disposição é a mais perfeita, é a fonte dos maiores méritos e das melhores graças. O momento da Anunciação, onde se dá a criação, na pessoa de Maria como a Mãe de Deus, que acolhe a divindade em si mesma, contém em si toda a eternidade e nesta toda a plenitude dos tempos.
Por isso a data de 25 de Março marca e festeja este evento que se trata de um dos mistérios mais sublimes e importantes da História do homem na Terra: a chegada do Messias, profetizada séculos antes no Antigo Testamento. Episódio que está narrado em várias passagens importantes do Novo Testamento.
A festa da Anunciação do Anjo à Virgem Maria, Lc 1,26-38, é comemorada desde o Século V, no Oriente e a partir do Século VI, no Ocidente, nove meses antes do Natal, só é transferida quando coincide com a Semana Santa.
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DA ANUNCIAÇÃO
Todas as gerações vos proclamem bem-aventurada, ó Maria!
Crestes na mensagem divina e em vós se cumpriram grandes coisas, como vos fora anunciado.
Maria, eu vos louvo!
Crestes na encarnação o Filho de Deus no vosso seio virginal e vos tornastes Mãe de Deus.
Raiou, então, o dia mais feliz da história da humanidade e Jesus veio habitar entre nós.
A fé é dom de Deus e fonte de todo bem, por isso, ó Mãe, alcançai-nos a graça de uma fé viva, forte e atuante que nos santifica cada dia mais.
Que possamos comunicar com a vossa vida a mensagem de Jesus que é o Caminho, a Verdade e a Vida da humanidade.
Que Assim Seja.