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Milagres Eucarísticos

6 – Turim – Itália – 1453
Na Alta Itália, ocorria uma guerra furiosa pelo ducado de Milão. Os piemonteses saquearam a cidade; ao chegarem à igreja, forçaram o tabernáculo. Tiraram o ostensório de prata, no qual se guardava o Corpo de Cristo, ocultando-no dentro de uma carruagem, juntamente com os outros objetos roubados e dirigiram-se para Turim.

Crônicas antigas relatam que, na altura da igreja de São Silvestre, o cavalo parou bruscamente a carruagem, – o que ocasionou a queda, por terra, do ostensório, e– este se levantou nos ares”com grande esplendor e com raios que pareciam os do sol”. Os espectadores chamaram o bispo da cidade na época, Ludovico Romagnano, que foi prontamente ao local do prodígio.

Quando chegou, “o ostensório caiu por terra, ficando o Corpo de Cristo nos ares a emitir raios refulgentes”. O bispo, diante dos fatos, pediu que lhe levassem um cálice. Dentro deste desceu a Hóstia, que foi levada para a catedral com grande solenidade.

Era o dia 9 de junho de 1453. Existem testemunhos contemporâneos do acontecimento (“Atti Capitolari” de 1454 a 1456). A igreja de “Corpus Domini” (1609) até hoje atesta o fato milagroso.

7 – Sena – Itália – 1730
Na Basília de São Francisco, em Sena, pátria de Santa Catarina de Sena, durante a noite de 14 para 15 de março de 1730, foram jogadas no chão 223 Hóstias Consagradas por ladrões que roubaram o cibório de prata onde elas estavam.

Dois dias depois, as Hóstias foram achadas em caixa de esmolas misturas com dinheiro. Elas foram higienizadas e guardadas na Basílica de São Francisco; ninguém as consumiu; e logo o milagre aconteceu, visto que, com o passar do tempo, elas não estragaram, o que é um grande milagre.

A partir de 1914, foram feitos exames químicos que comprovaram pão em perfeito estado de conservação.

8 – Milagre Eucarístico de Santarém – Portugal (1247)
Aconteceu, no dia 16 de fevereiro de 1247, em Santarém, a 65 km ao norte de Lisboa. Euvira, casada com Pero Moniz, sofrendo com a infidelidade do marido, decidiu consultar uma bruxa judia que morava perto da igreja da Graça. Esta prometeu-lhe resolver o problema se como pagamento recebesse uma Hóstia Consagrada.

Para obtê-ta, a mulher fingiu-se de doente e enganou o padre da igreja de S. Estevão, que lhe deu a sagrada comunhão num dia de semana. Ela recebeu a Hóstia, colocou-a nas dobras do seu véu. De imediato esta [Hóstia] começou a sangrar. Assustada, a mulher correu para casa na Rua das Esteiras, perto da igreja, e escondeu o véu e a Hóstia numa arca de cedro onde guardava os linhos lavados.

À noite, o casal foi acordado com uma visão espetacular de anjos em adoração à sagrada Hóstia sangrando. O casal, arrependido e convertido, de madrugada, chamou o pároco e, acompanhados de inúmeros clérigos e leigos, levaram a Hóstia de volta para a igreja de S. Estevão, onde continuou a sangrar durante três dias.

Enfim, a sagrada comunhão foi depositada em um relicário, feito de cera de abelhas derretida, onde permaneceu num cálice até 1340, quando se afirma ter havido um outro milagre – foi descoberto que ficou encerrada numa âmbula de cristal. As manchas cristalizadas de Sangue se solidificaram na cera e constituíram-se nas Relíquias do Preciosíssimo Sangue, como se pode ver ainda hoje, intactas. Próximo da Igreja está a Ermida (casa do casal).

Várias investigações eclesiásticas foram feitas durante 750 anos. As realizadas em 1340 e 1612 provaram a sua autenticidade. Em 5 de abril de 1997, por decreto de D. Antonio Francisco Marques, Bispo de Santarém, a igreja de S. Estevão, onde está a relíquia, foi elevada a Santuário Eucarístico do Santíssimo Sangue.

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